segunda-feira, 3 de março de 2008

Sobre o nosso círculo do dia 9 de fevereiro


Nosso encontro do dia 9 de fevereiro foi no Parque da Aclimação. Falamos sobre a importância de nos libertarmos dos padrões patriarcais que nos impedem de agir em sintonia com a nossa natureza, gerando conflito, insatisfação e muitas somatizações, principalmente relacionadas aos órgãos reprodutores.

Aproveitamos para mencionar a utilização do calendário lunar como uma forma de respeitar nossa natureza cíclica, deixando o calendário gregoriano, linear que nos impõe horários e regras que prejudicam nossa verdadeira conexão com o divino e os ritmos da natureza. (Falaremos mais sobre esse assunto nos próximos encontros)

Abrirmos o círculo centralizando um lindo altar às deusas do mês Kwan Yin e Yemanjá. Depois, invocamos os quatro elementos.Trocamos flores, fluiu uma energia forte, com certeza elevamos um pouco mais nossas freqüências vibratórias e expandimos nossa consciência.

Apresentamos a proposta do círculo, explicando que o ritual, o simbólico e o lúdico são meios de resgatar a essência da espiritualidade feminina. Falamos sobre as deusas que eram cultuadas antes da Era Cristã que impôs um Deus masculino que reprimiu de todas as formas as forças e sabedorias femininas. Na Idade Média, milhares de mulheres que possuíam conhecimento do poder de cura das plantas, entre outros, foram queimadas como bruxas. Enfim, relembramos essas histórias para falar sobre o resgate dessa sabedoria, da magia e do nosso poder de cura. Somos merecedoras desse conhecimento e se nos dermos conta disso, tomando consciência da nossa verdadeira natureza, poderemos salvar muitas vidas incluindo da nossa amada Mãe Terra. Portanto, todos os assuntos relacionados ao poder dos alimentos, das plantas e florais serão bem vindos aos círculos.

Nos solidarizamos com todas as mulheres do planeta emanando forças principalmente, para aquelas que ainda têm seus direitos mais básicos desrespeitados. Enfatizamos a urgência do resgate da espiritualidade feminina, tendo como termômetro dessa falta, a realidade de milhares de crianças abandonadas e famintas espalhadas pelo mundo...O dia em que tomarmos nas nossas mãos a nosso verdadeiro papel de mulher, respeitando os plenos poderes da nossa divindade, libertas dos padrões predatórios desses sistema econômico patriarcal, todas as crianças serão amadas e acolhidas!

O círculo de mulheres é uma forma de facilitar o processo de encontro com o nosso feminino, busca a conscientização e libertação dos padrões patriarcais que estão impregnados no inconsciente coletivo, inclusive dos homens.

No círculo nos inspiramos na busca dos arquétipos das deusas em nosso interior. Para isso, vale resgatar o mágico cultuado nas tradições antigas, lembrando que magia é ser capaz de transformar, ir além, para níveis mais profundos até sentir nossa divindade desperta com todo o seu potencial.
Falamos de criação, de beleza, em atos que têm força para modificar os padrões que precisamos transcender para acessar nossa verdadeira essência feminina.
Como exercício para nos reconectarmos com a deusa interior, combinamos de nos fotografarmos num próximo encontro, se possível, com todas as vestimentas e adereços cerimoniais que quisermos, como crianças brincando de fadas. Depois, vamos colocar nossas imagens no altar, não para serem idolatradas ou vistas com o olhar do ego, é claro, mas para remeter ao belo e ao divino que existe dentro de nós mesmas. Assim sempre que precisarmos, poderemos ir ao altar e lembrar que a divindade que existe em nós é poderosa o bastante para nos indicar o melhor a fazer.
Pat. Circular

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